Sobre Escolhas e Humor
Em minha vida profissional,
ingressar no universo corporativo não aconteceu por obra do acaso; durante a
formação acadêmica decidi deliberadamente que atuaria na área organizacional
(atuação liga às empresas), confesso que inicialmente incentivada pela ilusória
segurança que a estabilidade financeira me traria. Eu desejava antes atuar na
área clínica, mas era indispensável produzir meu próprio sustento e sabia que
até construir uma clientela haveria um tempo a ser transcorrido e foi isso que
me direcionou as empresas.
Passada a inocência da fase
inicial, não demorou muito e descobri que essa decisão poderia ser tão difícil
quanto àquela outra opção, mas que seria desafiador, surpreendente e muito divertido.
E essas descobertas foram me conquistando até que reconheci ter permanecido atuando
nesse universo por absoluta escolha, e por que não dizer, por completa paixão.
Lidar com o coletivo e no contato
direto com pessoas permite um trânsito contínuo entre, digamos assim, o céu e o
inferno, e em ambos os lugares é possível encontrar conflitos, mas também aprendizado
e bom humor; obviamente, isso depende da perspectiva de visão de cada um. A meu ver, bom humor é sinal de saúde
emocional e bom uso da inteligência, além disso, é uma característica bastante desejada
em qualquer tipo de relacionamento, inclusive nos profissionais e por isso,
observada e valorizada nas relações de trabalho.
No mais, fiz, ao longo dessa
jornada, mais uma grande descoberta, a que definitivamente soterrou ilusões e
diluiu minha inocência – trabalhar em empresas não trás estabilidade, pois
frente a qualquer turbulência financeira do negócio, sabe o que fazem,
infelizmente, muitos empregadores? “Cortam” ações na área de RH, e depois, se a
turbulência não passa, sabe o que acontece? “Cortava-se” o RH. E digam que frente a isso não é preciso paixão
e bom humor?
Que fique claro isso não é uma
queixa, somente relato do que assisti; acredito mesmo que nos últimos tempos
muita coisa mudou, as empresas aprenderam mais sobre a importância da Gestão de
Pessoas e os gestores de RH aprenderam a ser menos subjetivos e demonstrar
resultados de modo mais concreto, alinhando seu discurso e ações às estratégias
das empresas, enfim, muitas mudanças positivas já ocorreram e outras estão em
andamento.
O que tenho certeza que não mudou
foi minha paixão por esse trabalho e a lista de fatos e circunstâncias, algumas
inacreditáveis, que me desafiam, me surpreendem e me fazem rir, muito...
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